Saturday, January 19, 2008

ARRRRnaldo canta por mim

Quando eu quis você
Você não me quis
Quando eu fui feliz
Você foi ruim
Quando foi afim
Não soube se dar
Eu estava lá mas você não viu
Tá fazendo frio nesse lugar
Onde eu já não caibo mais
Onde eu já não caibo mais
Onde eu já não caibo mais
Onde eu já não caibo em mim

Mas se eu já me perdi
Como vou me perder?
Se eu já me perdi
Quando perdi você
Quando eu quis você
Você desprezou
Quando se acabou
Quis voltar atrás
Quando eu fui falar
Minha voz falhou
Tudo se apagou, você não me viu
Tá fazendo frio nesse lugar
Onde eu já não caibo mais
Onde eu já não caibo mais
Onde eu já não caibo mais
Onde eu já não caibo em mim
Mas se eu já me perdi
Como vou me perder?
Se eu já me perdi
Quando perdi você
Mas se eu já te perdi
Como vou me perder?


- - -


(Lupcínio Rodrigues)
Agora você vai ouvir aquilo que merece
As coisas ficam muito boas quando a gente esquece
Mas acontece que eu não esqueci a sua covardia
A sua ingratidão
A judiaria que você um dia
Fez pro coitadinho do meu coração
Essas palavras que eu estou lhe falando
Têm uma verdade pura, nua e crua
Eu estou lhe mostrando a porta da rua
Pra que você saia sem eu lhe bater
Já chega o tempo que eu fiquei sozinho
Que eu fiquei sofrendo, que eu fiquei chorando
Agora quando eu estou melhorando
Você me aparece pra me aborrecer


- - -

E eu me lembro bem, como se fosse hoje!
Meu corpo estremecendo, meus dentes quase se quebrando e a vontade de chorar crescia, por sentir tanto frio.
Meia noite ou mais, toda molhada, implorando por um abraço, mas você ouvia?
Sem equilíbrio, procurava alguém pra me apoiar...
E acabava no chão.
Não tinha nada de carinho, parece que você só me enxergava mesmo minha feminilidade. E esperava eu abrir as portas pra entrar, depois sair segundo sua vontade, e sem dizer adeus, ou tchau, já que dizia não gostar do adeus.
Tudo o que eu dizia, era "rodeio pra enfim nada dizer".
Tudo que eu sentia nada significava.
Nem eu consigo imaginar o quanto eu sofri.
Noites, pesadelos, lembranças, tanta frustração.
Quando eu consigo esquecer um pouco...
Olhar por outro ângulo...
Ter sentimentos totalmente diferentes...
Sou convidada a mexer em tudo aquilo?
Não quero mais.
Eu cansei.
Não tenho mais medo...
O quê tinha a perder, já perdi...
O que mais prezava já se foi.
A saudade já não existe...
Passou, passou.
Agora chega!




Friday, January 11, 2008

SRG - versos vezes três

(Não há nada melhor no mundo do quê o sorriso e as brincadeiras dos dois amores da minha vida!)

Se não há o quê pensar
Sobre o que vai fazer
Olhe para o Sol
Para esclarecer
E cegar os seus medos
E derreter os seus dedos
Espetar o seu ombro
Com agulha de um mongo
Quando eu for assinar
Vou deixar minhas mãos circularem
Depois que cagarem
Ou desenharem
Ou peidarem
Ou "enquadradarem"
Ou *-.~^´* (símbolo misterioso)


Assina aqui pra mim, por favor!



Assimetria

Quero sentir
A viscosidade de cada órgão
Escondido pela pele
Apertar com força e sofreguidão
Essas veias banhadas em vermelho
Sorrir cinicamente
Namorando a pulsação
Enlouquecer
Contemplando o coração
Estranha emoção
Entranha em exposição
Fuga da coesão
Libertação
Brincar de profanar
Abstrair a tentação
Estremecer dos pés à visão
Sem destino, ser estátua de marfim
Lavada de solidão, jogada no chão
Esperando alguém entrar em mim.


(Escrito nesta madrugada chata; finalizado na privada; borboleta a girar em torno da luz).

A eterna busca de si mesmo (2)

Apesar dos pesares, foi legal escrever essas babaquices naquela biblioteca legal! ¬¬

O dia amanhece sem razão. O sol cintila. Os olhos perambulam, avistando a paisagem da janela. Céu azul, um dia que clama para ser visto. As mãos esfregam os olhos, a cabeça agita-se freneticamente para livrar-se de devaneios passados e as mãos apóiam-se na cama. Não há coragem, mas há força. Uma força inata. Um desejo de vislumbrar o mundo por mais vinte e quatro horas.
O vento parece acariciar o asfalto. As árvores são embaladas como se fossem bebês ao som de uma canção de ninar. De repente, avista-se carros em fúria e fumaça; pessoas em alta velocidade, matando o tempo para dominar com precisão seus compromissos. É uma correria desenfreada: as lojas com letreiros coloridos e exibicionismo. O mendigo a querer beneficiar-se com o fruto do esforço alheio. A mulher com expressão cansada carregando o filho no colo. A crianças sorrindo à caminho da escola. Eu a observar, e pensar: "Qual o real sentido da existência?"
As pessoas nascem, crescem, talvez venham a gerar descendentes, para depois cair no vazio, na morte, como uma flor que murcha, cansada de esbanjar beleza.
Logo olho em outra direção, e percebo que ainda sou a flor cheia de vida. Que mesmo em um jardim ensangüentado, recebo a luz do alto, e posso continuar a florescer.
Busco meu caminho. Às vezes nada dá certo: as portas se fecham. Os carros quase me atropelam. As crianças me olham e caçoam baixinho da minha "vida adulta". Eu tropeço no mendigo. Vejo minhas cartas de amor no lixo. Minha vida a ser delineada, e não há chances para o contorno acontecer. Penso que é mesmo tudo muito difícil, e eu poderia deixar de acreditar em futuros êxitos. Mas a noite me acalma, me acalenta e me dá esperança para continuar buscando partes de mim perdidas pela cidade. Eu tenho a ilusão de viver para montar meu quebra-cabeças, e nada mais. Caio no mundo escuro dos sonhos; para mais tarde acordar para mais um dia. Com ou sem razão.

Friday, January 04, 2008

Oh, my GOD!

Acho que não sou tão egoísta assim!
As feridas me ajudaram a notar que se ferir é inevitável (que coisa, não!?) , e "pôr o dedo na ferida" me deixa um tanto triste. Mas já me conformei. Já fui destruída por tanto. Já não me deixaria prostrada por muito tempo se caísse a qualquer instante. Se recebesse mais humilhações. Como um troféu a dor viria mais uma vez. Mas não posso mais ser a vítima, e me entregar, levantar esse "prêmio" como um alento. Querer perder todas as esperanças. Fazer como sempre: jogar fora coisas que lembram o passado, querer arrancar tudo, esquecer, enterrar. Mas não dá! É tudo real. Faz parte de mim, embora eu finja que sou apenas um corpo e uma mente esvaziada, e perdida no vazio.
Ilusões... As minhas foram desmascaradas pelo tempo. Mas não é justo que eu queira fazer as pessoas deixarem de buscá-las. É mais fácil ver alguém fracassar. É mais fácil se apegar a alguém que se sente triste. Às vezes dá raiva... Perceber que é só você que se sente sozinho. Que a vida não lhe sorri, que você parece desamparado, sem cor, sem vida.
E eu... Não sei! Quando realizava coisas (como no ano que passou... realizei tanta coisa que queria, e acabava sentindo culpa por isso). Sinto culpa por ser feliz. Acho que há muita coisa injusta. Que os homens são muito egoístas. Que ninguém suporta ser contrariado. Que realmente dói demais você saber que não vale nada a alguém. Talvez valha por uma semana, quem sabe... Enquanto satisfaz necessidades, a qualquer nível humano.
E eu me pergunto: "POR QUE?"
Pra quê uma vida tão complicada?
Se de fato existe um Deus, o que Ele quer com tudo isso?!
Recompensa depois... Viver eternamente?! Isso é desesperador. Se não suporto viver uma vida que na maior das expectativas, duraria 100 anos... A eternidade seria extremamente amedrontante!
E tudo isso que eu penso pode me levar ao inferno?! A queimar eternamente também?!
E eu vou lá saber medir a dor?
Talvez queimar eternamente não seria nem uma pequenina parcela de sofrimento se compararmos com guerras, fome, fortes angústias...
O que costumo pensar é que a vida é uma coisa louca mesmo... E que vamos morrer e fim. Mas e onde se encaixam os acontecimentos sobrenaturais?! Seria fruto da imaginação? Loucura?
Então acontece que a natureza se transformou sozinha. Ah, legal!
Os peixes viraram répteis!
O animalzinho comedor de bananas de repente adquiriu um cérebro pensante. E ainda depois ele tomou consciência de que SABIA que SABIA. Sapiens sapiens. Bobo boboca! Destruidor de si mesmo. Eu não entendo!
Cada um inventa a historinha mais legal e confortante.
Houve um tempo em que eu ia a igreja, estudava filosofia e a origem da vida. Nada me satisfez. E ainda não sei o quê faço aqui. Às vezes paro para filosofar, e acho lindo o jeito como as coisas acontecem catastroficamente, porém de maneira poética na minha vida; acho encantador, e penso que há algo ao além, indecifrável, e por isso tão belo, pra depois virar sentimento e dúvida, razão sem razão, uma FORÇA, um espírito, um um um ... ah!
Fico incomodada por não conseguir ter fé em Deus... É muito a se pensar. Alguém que governa tudo. E quando dizem "Deus me ama!" . Caralho! Deus odiaria alguém?! Teria sentimentos? E ressentimentos? Se tivesse não seria perfeito. Seria humano. E se somos reflexos de Deus, ele é de fato humano!? Se é, por que superior, se imperfeito?! E de onde ele surgiu!?
Agora, exatamente agora meus olhos começam a formar lágrimas, e um arrepio percorre meus braços. Vem justamente a minha mente a imagem de Deus, criada quando eu era criança. Lá em cima, um homem de poderes, barba branca enorme. E de repente lembro quando perguntava a minha mãe: "E de onde ele surgiu?!" ... E vislumbro um buraco. Ele surgindo. Mas de onde? E vejo as trevas (que não sei por que, me lembravam de plantas verdes)... E depois meus olhos percorrem montanhas. E Deus lá, lá em cima. É tão psicodélico, que acho que nem que eu usasse drogas, conseguiria ter tais sensações e imaginações. Aliás, por falar em drogas... Se elas transformam tanto a mente de um usuário, faz ele "ver coisas", por que a mente não seria capaz de criar TUDO? Mas e a mente primitiva? Surgiu por geração espontânea?!
Deus! Deus! Deus! Às vezes oro... Clamo! E não sei o quê dizer. Mas peço perdão. Porque eu sou fraca. Porque eu não consigo mesmo ter uma opinião formada. Porque quando eu preciso, eu choro e clamo como que para aliviar, para estacionar aflições. Eu escrevo por escrever, penso por pensar, e é tudo tão incoerente. E quase ninguém me compreende. Eu fico sozinha. E demoro a cair na minha "morte temporária" (sono). Talvez a morte seja um sonho. Talvez a vida seja uma brincadeira. Talvez Deus esteja rindo de tudo isso aqui. Talvez isso tudo que eu sinta seja uma fumaça negra, vinda do cigarro de uma tuatara que inventou-se e deu-se a vida. Talvez nada disso exista. E quem sabe eu seja auto-destrutiva?! Sei que no fim, os bichinhos vão mesmo me comer, e essa carinha que gosto de ver no espelho vai se desfazer. Mas porra, eu disse FIM?! Eu não sei o que é o fim! Eu não conheço nem o começo, como vou saber do fim?!
Eu não uso drogas, JURO!
Por Deus?!
Que Deus me perdoe por estar usando seu santo nome em vão!
Mas ele é mesmo santo!?? O quê faz dele santo?
Ah, Senhor. Perdoe-me. Eu não sei o que digo.

Tuesday, January 01, 2008

FELIZ 2008!

O ano vai chegando ao fim...
E você pensa: "Esse não foi o meu ano... Deu tudo errado! Nada me importa, vou fazer o que tiver vontade!" (e se fosse pra pensar filosoficamente, diria que o próximo ano vai ser zilhões de vezes pior!)
Então começa a encher a cara, xingar em pensamento o filho da puta que te fez mal, ver amigos que você não viu durante todos esses meses, ligar e receber ligações de/para pessoas com as quais você mal trocou olhares nesses 365 dias, deixar de se importar com as conseqüências e fazer coisas até imorais!
Porque depois vai surgir o próximo ano, e ao final da contagem regressiva para a meia-noite, tudo de obscuro vai se dissipar. E nada mais de vícios... tristeza... desentendimentos...
"Nesse ano eu deixo de fumar!"
"Nesse ano eu quero alguém para amar, e ser fiel!"
"Nesse ano eu não vou mais ter crises existenciais, vou ser feliz e viver intensamente!"
"Nesse ano... nesse ano... nesse ano..." (aaarghhh, movimento me deixa tonta e com mais vontade de vomitar...)
E lá vai a multidão... Com roupas novas, cores que simbolizam desejos, abraços, beijos, promessas, reconciliações, sorrisos, cumprimentos... Enfim!
Fiquei até com medo de ser a mesma de 2007... Tanto sofrimento, tanta aventura louca e neurose, tanto que errei... Eu não quero mais!
Mas que ilusão! Nada muda... É tudo igual... Sou a mesma de 17 anos atrás (quase 18), carrego partículas de tudo que ganhei na vida, até mesmo o que perdi... Há ainda resquícios de 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006,2007...
Todos esses anos fazem de mim o que sou...
E o lado medonho de tudo isso é ator coadjuvante nesse drama do meu viver! hahah

FOGOS...

Náusea... Vertigem... Nos lábios um sabor agridoce... Dor de cabeça!

ALEGRIA!
É mais um ano que começa...

Não quero mais as mesmas esperanças do ano passado...
Quero viver me aventurando mais...
Ganhar, perder...
Faz parte do jogo!

E vamos lá...

(para o banheiro)


TCHAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!